sexta-feira, 4 de março de 2011

Tudo novo

Entrei no quarto, algo me incomodava. Tudo tão igual ao de sempre, prateleiras cheias de pelúcia, e olha que eu nunca fui chegada a ursinhos e bichinhos, porta retratos mostrando fotos antigas.. tá, antigas seria exagero, mas estou numa fase em que meros 3 anos podem significar antiguidades. Tirei tudo, hora de mudar, renovar. E o engraçado é que meu abajur de teto, ah, esse nunca muda, a anos escuto meu pai dizer que vai trocar as lâmpadas queimadas, mas não tem jeito, sempre teve apenas uma iluminando, já até acostumei a fazer tudo a luz baixa. Ao retirar as fotos dos porta retratos, me enchi de lembranças e saudades e me peguei por um momento sorrindo pra fotografia, coisa de novela. Retirei tudo que julgava velho, pensei até em me desfazer, logo eu, que sempre fui tão apegada a tudo. Pois é, não consegui, joguei em uma caixa, pronta pra ficar por bastante tempo socada em um armário. O que mais gosto de arrumar o quarto é ser sempre surpreendida por algo que nem lembrava existir, mas ao lembrar me apegar ao objeto como relíquia, ou talvez mais tralha para a caixa. Quando terminei o trabalho por ali, percebi que realmente estava tudo incompleto, as prateleiras, os porta retratos e que para que voltasse a ser completo precisaria de uma mudança. Pois é, como disse antes, chegou a hora de mudar. E o que espero é que quando tudo estiver mudado, meu cantinho pouco iluminado ganhe novos atributos e novos retratos que trarão novas lembranças e arrancarão novos sorrisos.

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